Paisagismo em alta na Casa Cor Campinas 2011
Até o próximo dia 30 de outubro, a mostra apresenta as últimas tendências em decoração, arquitetura e paisagismo em 45 amplos ambientes. Os projetos paisagísticos frontais dão as boas-vindas aos visitantes e os conduzem à imponente fachada histórica do casarão, local que abriga a mostra.
A área total da Casa Cor Campinas conta com 14.200 metros quadrados, dos quais cinco mil são destinados aos seis projetos paisagísticos e dois mil aos 35 ambientes internos, instalados no casarão.
Com investimentos de R$ 7 milhões, a edição 2011 da mostra gera cerca de cinco mil postos de trabalho, desde o início das obras à desmontagem dos ambientes. O projeto estrutural do evento obedece às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e possibilita a inclusão de pessoas com dificuldades de locomoção. Foram previstos no projeto rampas, banheiro adaptado e dois elevadores instalados na parte interna do prédio. Os preceitos sustentáveis são seguidos à risca tanto pela organização como pelos profissionais participantes possibilitando a redução na geração de resíduos.
Confira em primeira mão, o descritivo e algumas imagens dos projetos de paisagismo presentes na Casa Cor Campinas 2011
Jardim das Boas Vindas
Maria Cristina Tofano Cecílio e Ivanise Rodrigues Maldonade
Um ambiente retrô com ares contemporâneos promove o encontro entre o passado e o presente, dando as boas-vindas ao visitante. As árvores, como a grande figueira, enfeitadas por orquídeas oferece sombra para a namoradeira esculpida em tronco natural. As luminárias à vela dão o toque romântico ao espaço, que traz as plantas usadas nas décadas de 60 e 70, como os antúrios e os chifres de veado. O deck acolhe o visitante que aguarda a entrada na bilheteria. O ambiente, de 150 metros quadrados, é rodeado por imbês, costelas de adão e agaves.
Praça da Figueira
João Corbett, Joyce Benetazzo e Paulo Rodrigo Salvador
Com quase 900 metros quadrados, o espaço promove a interação do paisagismo que privilegia as plantas nativas com as esculturas do artista Roberto Höflig. A imponente figueira recebeu podas técnicas para manter uma arquitetura ornamental. O espaço divulga o conceito da compostagem, nas quais os resíduos gerados pelas folhas e galhos são reutilizados como adubo no próprio jardim. O mobiliário é de madeira rústica, assim como vários dos objetos decorativos. Simples, funcional, bonito e sustentável.
Mirante Abolição
Cíntia Rua e Natália Salcedo
O mirante de 350 metros quadrados tem o paisagismo árido dos cactos para formar um espaço diferenciado, por ser quebrado pelas ornamentais patas de elefante e rosas do deserto e pelos alegres kalanchoes. O descanso e a contemplação podem ser feitos no estar com blocos de concreto, projetado pelas profissionais.
Passeio da Fachada
João Verde e Ana Paula Socca
Bromélias produzidas em laboratório, chamadas de miristemas Aecquiméia Frederico e Vriesia Amarela, valorizam os canteiros e as jardineiras do espaço que tem aproximadamente 200 metros quadrados. Os detalhes arquitetônicos seguem os cuidados e orientações do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), mantendo e valorizando o desenho original das áreas tombadas e apresentando um jardim atual aos visitantes.
Lounge do Bem-Estar
Juliane dos Reis Vergueiro Neves e Regina Márcia Rocha Fraga de Moraes
Dividido em área interna e externa, o ambiente tem aproximadamente 100 metros quadrados e visa o bem-estar físico e mental. Na academia, equipamentos esportivos de última geração com design moderno, como esteira e bicicleta, têm televisões com telas em LCD acopladas. Na área externa, um jardim com pergolado, rede de cipó amazônico e poltrona de fibra sintética apresenta espaço ideal para o descanso e relaxamento. Entre os pedriscos do jardim, vasos vietnamitas chamam a atenção dos amantes da arte. A natureza está presente na parede, onde foram montadas placas de fibra de coco com cuias. Ali estão plantadas samambaias americanas, peperônia scander, véu de noiva, entre outras espécies. Nos vasos estão palmeiras bismárquias, pitangas, lavandas e primavera em topiaria.
Jardim dos Sabores
Marina Khattar de Godoy
As plantas comestíveis são as vedetes desse paisagismo que tem a proposta de tornar os jardins residenciais mais agradáveis e mais saborosos. Os canteiros trazem um mix de plantas que podem ir diretamente para a mesa. No espaço na forma de U o percurso é propositalmente sinuoso para que os visitantes possam ser surpreendidos a cada curva. Na varanda, bancos e poltronas de madeira de demolição e fibras servem para o descanso e contemplação. No lounge, sofás e chaises longues para o relax. Destaque para o berçário de plantas para a reposição dos jardins, manuseadas na bancada do próprio ambiente e para o belíssimo lago ornamental, produzido em parceria com a empresa Genesis Ecossistemas. O jardim foi montado com a participação de jovens do Centro de Iniciação e Qualificação Profissional (CIQP) e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Campinas.
Terraço CASA COR
Fernando Canguçu e Aldomar Caprini
Inspirado no trabalho do arquiteto francês Jean Nouvel para a Galeria Serpentine, em Londres, o ambiente tem cobertura de ferro com lona e estrutura de sustentação em aço. Com a predominância das cores preto e vermelho, o espaço tem o piso branco em dois cimentícios, um deles alto drenante e o outro sextavado. Bromélias, palmeiras de tronco simples e arbustos como a Yucca Elephantipes, formam o paisagismo do espaço. Um cubo com estrutura em ferro e gesso cartonado, com piso em resina do tecnocimento abriga a cozinha. A iluminação é indireta e os móveis, assim como os eletrodomésticos Elettromec também aparecem em branco ou na versão metalizada, provocando um curioso reflexo nas portas de vidros dos armários. O ambiente multifuncional é dotado de sistema de som e imagem para serem utilizados em eventos gastronômicos.
Laboratório do Chef
Cláudio Cury
O espaço combina ervas aromáticas variadas e árvores frutíferas com produtos delas derivados, expostos tal qual uma banca de feira livre. A proposta do projeto é traçar um paralelo entre os in natura e os processados, destacando a importância daqueles cujas características assemelham-se aos colhidos na horta de casa e levados à mesa. A disposição do ambiente valoriza uma tradição que perde seu espaço aos poucos para as redes de hortifruti e supermercados.
GALERIA DE IMAGENS
CASA COR CAMPINAS
Data: 22 de setembro a 30 de outubro
Local: Páteo Abolição. Rua Abolição, 1.000, Ponte Preta - Campinas, SP
Horário: de terça a sábado, das 13h às 21h; domingos e feriados, das 11h às 19h
Preço: R$30,00 (inteira) ou R$15,00 (crianças de até 12 anos, estudantes e pessoas com mais de 60 anos); R$ 60,00 (passaporte CASA COR CAMPINAS com acesso ilimitado à mostra)
Special Sale: 29 e 30 de outubro
Contato: (19) 3295-7508
www.casacor.com.br/campinas
Imagens: Rosana Horschutz / Divulgação