Moda e tendência no uso da vegetação


Com o passar dos anos, algumas plantas entraram e saíram de moda, por influência da televisão e depois das exposições de decoração, como Casa Cor. Entre elas a raphis excelsa, dracenas vermelhas, agaves attenuata, bambu mossô, rhipsalis, dasylirium, pennisetum, palmeiras azuis e ultimamente as paredes verdes, desenvolvidas por Patrick Blanc e redesenhadas em vários sistemas em todo o mundo. Estas últimas podem passar de um modismo para uma tendência mais perene, uma vez que traz um conceito interessante de revestimento verde. Apesar de manutenção difícil e tendo a opção das trepadeiras, as paredes verdes, em muitos casos, representam uma expressiva composição estética e “verdejam” o ambiente, trazendo a sensação de natureza em espaços verticais, cada vez mais comuns nas grandes cidades urbanizadas.

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Já as tendências são conceitos e ferramentas que conduzem a determinados usos da vegetação, em função do lugar onde será empregada. Alguns desses conceitos podem ser: o uso de uma planta escultórica no ponto focal de uma cena ou de um caminho; o uso de uma planta de forma expressiva, contra a luz, para realçar o recorte de sua silhueta; o uso de uma iluminação em uma espécie para provocar uma sombra de desenho marcante numa superfície contínua (sem janela); o uso de um conjunto de copas caducas para provocar a refrescante sombra no verão e o calor do sol no inverno; passar entre maciços arbustivos da mesma espécie, realçando a sensação de inserção do transeunte no jardim.

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Entre seguir a moda ou acompanhar as tendências, talvez a solução ideal seja mesclar a moda e as tendências, sem deixar de atender o gosto e o sonho dos clientes para encantá-lo e buscar surpreendê-lo, que é um dos objetivos de todos os projetos.

 

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Arquiteto Paisagista