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A magia dos castelos franceses e seus fascinantes jardins

A magia dos castelos franceses e seus fascinantes jardins


Como nosso foco é o paisagismo, mostraremos estes magníficos castelos sob a ótima dos seus lindos jardins que os envolvem com cores e formas cenográficas. Os jardins são a mais nobre expressão artística que deram total sentido aos castelos e hoje são eles os grandes responsáveis pela massiva visitação de pessoas vindas de todos os cantos do mundo.

Os Chateaus de Chenonceau, Chaumont-sur-Loire, Fountainebleau e Versailles são, acima de tudo, lugares incríveis e encantadores. Não é atoa que os escolhemos especialmente para você e para deixar sua imaginação fluir nessa viagem no tempo em forma de jardins mágicos:

Chateau de Chenonceau

O Chateau de Chenonceau, ou Castelo das Sete Damas, conhecido por ser um dos castelos mais femininos e o 2º mais visitado da França, atrás apenas de Versailles. Com mais de 500 anos, é o exemplo clássico da arquitetura renascentista, construído sobre o Rio Cher de um lado a outro, com majestosos jardins simétricos com flores e plantas exuberantes.

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Uma das jóias dos jardins renascentistas:

O século XVI foi, para todas as artes e especialmente para a arquitetura e o layout dos jardins, um século de inovações inéditas. Chenonceau tem a sorte de ter uma estrutura muito forte de plataformas cercadas por água desde a sua criação, sobrevivendo livre de modificações fundamentais, formando assim um conjunto excepcional e testemunha do tempo de sua criação. Ele é a este respeito, exemplar.

Jardim de Diane de Poitiers

A estrutura do parque permaneceu a mesma desde sua criação por Diane de Poitiers, mas o desenho atual é obra de Achille Duchêne (1866-1947). O jardim é dominado pela Chancelaria, antiga residência do intendente de Catarina de Médicis.

Duas alamedas perpendiculares e duas outras em diagonal delimitam oito grandes triângulos de gramados decorados com delicadas volutas de santolinas (12.000 m²), que convergem para um chafariz presente no parque desde a época de Diane de Poitiers.

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Os terraços elevados, que protegem a área contra as cheias do rio Cher, são ornados com vasos e contêm arbustos, teixos, evônimos-da-europa, buxos e loureirosrosa que conferem ritmo ao desenho dos maciços. No verão, mais de cem pés de hibiscos inundam o jardim de flores. Entre esses arbustos, os canteiros de flores realçam a rigorosa geometria do jardim. No outono, amoresperfeitos se revezam com margaridas, mantendo o jardim florido durante todo o inverno. Na primavera, mudas de petúnias, nicotianas, dálias, verbenas e begônias são repicadas e aguardam, pacientes, a chegada do outono seguinte. Em torno do jardim, os muros que sustentam os terraços são recobertos de roseiras Iceberg do tipo trepadeira.

Jardim de Catherine de Médicis

Com 5.500 m² de área, o Jardim da rainha Catarina de Médicis oferece um ambiente mais “íntimo“ que o Jardim de Diane, além de um toque adicional de requinte. Dominando as águas do rio e o parque, suas alamedas oferecem uma vista magnífica para a fachada oeste do castelo. O desenho é estruturado em cinco canteiros cobertos de grama, reunidos em torno de um elegante lago ornamental circular e pontuados por esferas de buxos.

Chateau de Chenonceau 03

Ao leste, o jardim é margeado por uma mureta que delimita o fosso, com uma paliçada de rosas-trepadeiras Clair-Matin. Roseiras em forma de arvoretas e fileiras de lavanda, com poda baixa e redonda, desenham o harmonioso traçado. Ao norte, a perspectiva que se tem do Jardim Verde e da Orangerie foi criada por Bernard Palissy.

Jardim verde

De frente para o Jardim de Catarina, na face norte, o Jardim Verde foi construído a pedido da condessa de Villeneuve, renomada botanista e então proprietária, que desejava ter um jardim inglês. A perspectiva que se abre para o Castelo foi projetada em 1825 por Lord Seymour. Uma notável coleção de árvores proporciona uma sombra generosa a essa área totalmente gramada. O extraordinário conjunto com ramagem secular é composto por três plátanos, dois cedrosatlas, um pinheiro-espanhol, uma catalpa, uma castanheira, dois pinheiros-do-oregon, duas sequoias, uma robínia, uma nogueira-negra e um carvalho-verde. A L’Orangerie, construída nos séculos XVIII e XIX, oferece uma vista para os contornos do Castelo que se desenham através do Jardim Verde. No século XVI, Catarina de Médicis decidiu usar esse local para abrigar um parque de animais e seus aviários.

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O Labirinto

Situado em uma clareira do parque com 70 hectares, o labirinto italiano, iniciativa de Catarina de Médicis, reúne 2 mil teixos que ocupam 1 hectare. No centro, um pequeno pavilhão elevado oferece um panorama geral da área. O pavilhão é recoberto com vime vivo e decorado, na parte superior, com uma estátua de Vênus. Ao lado, sobre um tronco de cedro, a estátua de uma ninfa carregando o deus Baco quando criança. Um arvoredo pontuado de vasos com buxos e heras contorna o labirinto e permite contemplar, quando se olha ao leste, as monumentais cariátides de Jean Goujon. As cariátides (Pallas e Cibele) e os atlantes (Hércules e Apolo) que decoravam a fachada do castelo foram reunidos na parte de trás do labirinto.

Chateau de Chenonceau 5

Chateau de Chaumont-sur-Loire

A fortaleza de Chaumont-sur-Loire foi construída por volta do ano 1000 para vigiar a fronteira entre os condados de Blois e Anjou.

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Em 1465, Luís XI manda queimar e demolir o castelo, que será reconstruído alguns anos mais tarde. Propriedade da família Amboise durante 500 anos, foi Carlos II d’Amboise quem inaugurou a sua metamorfose em castelo ornamental no estilo renascentista. A decoração esculpida ganha importância e torna-se o elemento principal das fachadas exteriores.

Em 1550, Catarina de Médicis adquire o domínio, mas não faz grandes obras no castelo, do qual se separa em 1560, em benefício de Diana de Poitiers. A antiga favorita do rei dá início aos trabalhos que lhe concedem a sua fisionomia atual, em particular com o acabamento dos caminhos de ronda e da porta da ponte levadiça.

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O parque de Chaumont é uma criação bastante recente, tendo em conta a história do próprio castelo. Até aos anos 1880, o local possuía um aspeto totalmente diferente.

Alguns relvados ornamentados por montes de flores e entrecortados por caminhos constituem o único cenário real que o castelo possui.

Todavia, alguns elementos são anteriores a criação do parque paisagístico. Do século XVIII permanece uma parte da alameda de honra plantada com castanheiros no sudeste do parque, bem como um caminho de tílias no flanco do castelo. Além disso, foram plantados alguns cedros pelo conde de Aramon, proprietário do castelo entre 1830 e 1847.

Chateau de Chaumont sur Loire 4

O arquiteto paisagista Henri Duchêne opera uma transformação radical do local em benefício de um vasto parque de lazer no estilo paisagístico também chamado “à inglesa”. Os trabalhos decorrem de 1884 a 1888 e custam cerca de 560.000 francos de ouro da época. A composição imaginada pelo arquiteto paisagista oferece, deste modo, ao castelo, o cenário e a exploração agrícola de que até então estava privado.

Chateau de Chaumont sur Loire 5

Cedido ao Estado em 1938, a Propriedade de Chaumont-sur-Loire pertence à Região Centro desde 2007 e é um Estabelecimento Público de Cooperação Cultural desde janeiro de 2008.

Chateau de Fontainebleau

Fontainebleau é o único castelo real e imperial habitado continuamente durante sete séculos. Uma verdadeira história da arte e da arquitetura francesa. O castelo conserva ainda a sala do trono de Napoleão e belos jardins.

Chateau de Fontainebleau 02

Cercado por jardins suntuosos e variados, o castelo de Fontainebleau convida você a descobrir a extensão da planta e do patrimônio arquitetônico da casa dos reis da França: o Grand Parterre, o Jardim Inglês, o Jardim de Diana, o Lago das Carpas e o parque.,

O Grand Parterre

A criação do Grand Parterre de 1660 a 1664 - o maior da Europa com 11 hectares - por André Le Nôtre e Louis Le Vau é o principal desenvolvimento de Luís XIV em Fontainebleau. O traçado de buxo desse jardim francês desapareceu sob Luís XV. A disposição geral dos compartimentos de ervas, as bacias adornadas com estátuas, incluindo as das Cascatas (séculos XVIII e XIX), voltadas para o leste, em direção ao Canal Henri IV, ainda permanecem. Ao sul, no lado da floresta, o círculo de água é adornado com uma estátua do Tibre.

Grand Parterre 01

O Jardim Inglês

Este jardim inglês foi criado entre 1810 e 1812 pelo arquiteto Maximilien-Joseph Hurtault. Napoleão, particularmente, não apreciava os jardins deste tipo, mas no entanto, corresponde à moda do tempo e sucede a uma série de jardins criados desde o reinado de Francisco I. Plantada com espécies raras e pontuada de estátuas, é atravessada por um rio artificial.

Jardim Ingles

O Jardim de Diana

O Jardim de Diana foi, até o reinado de Louis Philippe, um espaço inteiramente fechado por um laranjal construído por Henrique IV em tijolo e pedra, como o edifício restante que abriga no térreo a Galerie des Cerfs e o O chão de Diane. No centro do jardim, pode-se descobrir a Fonte de Diana (1602), encimada pela estátua da deusa.

Chateau de Fontainebleau 01

Lago com carpas

Era uma vez um pântano que Francis tinha transformado em um pedaço decorativo de água, lançando assim a moda do espelho de água para deleite dos franceses, antes de ser imitado em toda a Europa. Como em todos os domínios reais da França, o Lago é povoado de carpas reservadas à mesa dos soberanos.

Lago com carpas

Chateau de Versaille

Os jardins do Palácio de Versalhes desenhados por Le Nôtre se tornaram referências mundo afora desde o século XVII. Mas este paraíso foi também resultado da ambição de Luís XIV que iniciou a criação desses jardins quando ele era um jovem rei da França há pouco tempo no poder.

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Versailles antes de Versailles

Antes de ser o domínio de parques e de jardins conhecido nos dias de hoje, Versailles era o terreno de caça do jovem Luís XIII frequentado por ele e seu pai, o rei Henrique IV. Lá, ele construiu um pavilhão de caça e em seguida um palácio. Versalhes era para ele uma apreciada zona de repouso onde podia se entregar aos prazeres da caça, mas também se distanciar da autoridade de sua mãe Maria de Médici que nesta época assumia a regência.

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André Le Nôtre e os jardins da residência real

O trabalho de André Le Nôtre no Palácio de Versalhes marcou sua carreira assim como a história da França. Simples jardineiro sem formação específica, ele desenhou uma série de jardins, de bosques e parques. Suas realizações parecem ser a obra de um verdadeiro gênio. Foi um trabalho que durou 25 anos durante os quais as ampliações dos jardins de Versalhes se sucederam.

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