29ª Expoflora - Cobertura completa da mostra de paisagismo - 2010


Ambiente 1 - Jardim do Romance

Se a ideia é criar sugestões de jardins e quintais para os mais diferentes tipos de família, o “portão de entrada” para a sua construção não poderia ser outro senão o romantismo. O projeto é assinado pela paisagista e designer de interiores Agnes Barretto Dias e pelo engenheiro agrônomo Roberto Barretto Dias Filho, ambos de Holambra.

Assim, Agnes e Roberto que pela segunda vez participam da Expoflora, combinam plantas e estrutura metálica na construção de um pergolado de aço carbonado recoberto por aspargos Smilax (trepadeira) e primavera, formando um túnel na entrada da Mostra de paisagismo e jardinagem. Na decoração, penduradas na estrutura em cachepôs no chão, e nos jardins, podem ser admiradas callas (copo-de-leite colorido), cicas (pameira-sagu), dracenas, bromélias e antúrios negros, verdes e brancos.

Jardim_do_Romance

Esse primeiro ambiente conta com uma área em torno de 1,3 mil m², valorizada por 50 pontos de luz com baixo consumo e em tom amarelado transformando o paisagismo no final do dia. A estrutura de aço carbono também é utilizada no corrimão da ponte sobre o espelho d´água que formam um pequeno riacho. À esquerda, após a ponte, destaca-se um jardim vertical, formando um quadro-vivo com cinco espécies de avencas e lúminas.

Alguns passos adiante nos deparamos com uma estufa, em estilo europeu, também em aço carbono, de 50 m² no qual vasos de orquídeas, callas e gérberas são cultivadas em vasos. Fechando o ambiente estão duas imponentes palmeiras latania, com três metros de altura.

Investimento aproximado: R$ 240 mil

 

Ambiente 2 - Jardim Autossustentável

As engenheiras agrônomas e paisagistas Marli Tessarini de Carvalho e Sandra Ramos (também engenheira de meio ambiente), de Campinas, criaram esse espaço pensando nos casais jovens e sem filhos que se dedicam ao esporte e se preocupam com o meio ambiente.

Na busca pela harmonia com a natureza, as profissionais utilizaram elementos, tanto vegetais como arquitetônicos, de grande apelo ao equilíbrio e a sustentabilidade. As plantas escolhidas são, na sua maioria, espécies tropicais que exigem pouca manutenção, menor controle de pragas e doenças, menor consumo de água, como é o caso dos pândanos e do recém lançado cróton seleção. Plantadas com substrato a base de subproduto de cana-de-açúcar e floríferas, em sua maioria, essas espécies contribuem para a promoção e restauro do equilíbrio natural.

Jardim_autossustentavel

Placas solares dispostas em um decorativo painel garantem a energia necessária para sustentar  a iluminação e os equipamentos disponibilizados nesse ambiente de 260 m², como o aquecimento da piscina de raia (em vinil amarelo), a manutenção do lago e do sistema de irrigação automatizado do jardim, que proporciona significativa economia de água e diminui a utilização dos recursos naturais.

Dentro ainda do conceito ambiental, foram utilizados decks de madeira oriunda de manejo florestal sustentável, tijolos ecológicos que evitam a queima de madeira e emissão de CO², mobiliários de fibra de bananeira e madeira de reflorestamento. Vasos e objetos em cerâmica inspirados no estilo marajora completam o ambiente.

Investimento aproximado: R$ 15 mil (sendo R$ 8 mil apenas da piscina)

 

Ambiente 3 - Refúgio do Casal

O pomar e as hortas, que proporcionam ao casal a oportunidade de cultivar alimentos saudáveis para o próprio consumo, são os pontos fortes desse jardim projetado pela designer de interiores Audrey Bruno e pela arquiteta e urbanista Ana Lívia Bruno, de Mogi Mirim. O ambiente é dedicado para quem valoriza uma boa alimentação e uma vida mais saudável, sem perder o charme e o aconchego de um espaço agradável e convidativo. A proposta foi criar um jardim que pode ser cultivado pelos proprietários, proporcionando a interação do casal.

Jardim_Refugio_do_Casal

O projeto propõe a utilização de elementos rústicos, como cruzetas, ladrilhos hidráulicos e móveis em madeira específicos para área externa e o plantio de espécies de plantas de baixo custo e fácil acesso, como a manga, romã, pitanga, Phalaenopsis (orquídea), Axonopus compessus (grama São Carlos), Diefenbachia maculata (comigo ninguém pode), Impatiens walleriana (maria sem vergonha), Alocasia (pacová), Dypsis decary (palmeira triangular), Nephrolepis exaltata (samambaia), Hypoestes phyllostachya (hipoestes), Spathiphyllum wallisi (lírio da paz gigante), Menta spicata (hortelã), Lactuca sativa (alface crespa), Cichorium intybus (almeirão), Solanum gilo (jiló), Petroselinum crispum (salsa), Rosmarinus officinalis (alecrim), Majorana hortensis (manjerona), Ocimun basilicum (manjericão), Capsicum frutescens (pimenta pirâmide), Capsicum baccatum (pimenta dedo de moça), Myciaria cauliflora (jabuticaba).

Investimento aproximado: R$ 8 mil

 

Ambiente 4 -  Jardim de Dois

A arquiteta e paisagista Celeste Moraes, de Campinas, criou um jardim que ela classifica como “um refúgio que integra o conceito de bem-estar do indivíduo com o do planeta” para um casal sem filhos. No local, eles podem descansar, namorar, ler um bom livro, fazer as refeições e, até, meditar tranquilos.

Para o descanso, Celeste procurou um espaço de sombra onde colocou duas chaises de fibra forrada de almofadas coloridas em tecido de algodão floral. Entre dois fícus que já existiam no local, ela construiu uma parede de taipa (sistema construtivo sustentável) que suporta um pergolado de eucalipto (madeira de reflorestamento), sempre útil para se colocar plantas pendentes, e uma fonte para buscar maior equilíbrio com a natureza em conjunto com a terra e a madeira.

Jardim_de_Dois

Em seu jardim monocromático, vasos cerâmicos acomodam os super esculturais e charmosos buxinhos (Buxus sempervirens) e as delicadas echeverias. No ambiente ainda podem ser apreciados o aspargo real, avencas, além dos filodendros, samambaias e phoenix que combinam com a decoração.

A cobertura do pergolado é vazada para proporcionar uma iluminação indireta, criando um clima intimista para as refeições que podem ser feitas em uma mesa baixa de tronco de madeira (madeira de manejo sustentável), acompanhada por duas poltronas de fibra. Um painel verde vanguardista cobre praticamente todo o muro para permitir o conforto térmico, numa leitura uniforme entre piso e parede. Nos locais que necessitavam de piso, a opção foi pelo tipo drenante 60 x 60, composto por fibras naturais e agregados minerais. A areia entra como forração limpa e também drenante, que não requer manutenção.

Investimento aproximado: de R$ 25 mil a R$ 30 mil

 

> Confira a 2ª parte da matéria e se encante com a criatividade dos profissionais ..

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