3 regras de ouro para trabalhar suculentas no paisagismo

É graças às folhas gordas e cheias de líquido que elas agüentam passar o dia todo sob sol a pino e ainda ficar tão lindas quanto uma orquídea saída de uma estufa. Esse não é o único truque dessas plantas típicas da África e que têm mais de 12 mil espécies pelo mundo. Irmãs dos cactos, elas costumam ter espinhos macios ou uma penugem nas folhas para reter o máximo de umidade possível. As que têm folhas “peladas” usam outro recurso para ter o mesmo efeito: são cobertas por uma cera grossa, que lhes dá um aspecto lustroso e evita a evaporação da água.

Para tirar o máximo de proveito da beleza natural dessas plantas, leve em consideração algumas regras de ouro.

1. Coloque no sol. O dia todo. É sério.

Como são originárias de regiões muito quentes, a maioria das suculentas gosta de sol pleno. Quando cultivadas em ambiente interno, apenas com iluminação difusa, elas crescem finas, com as folhas ralas e quebradiças, um fenômeno chamado de “estiolamento”. Se mantidas por muito tempo longe do sol pleno, as suculentas ficam suscetíveis a pragas e doenças. Há duas famosas exceções à regra: o cacto-macarrão (Rhipsallis sp.) e a flor-de-maio (Schlumbergera truncata), ambos nativos da úmida e sombreada Mata Atlântica brasileira.

2. Faça um bom controle das regas

Por serem capazes de armazenar água em caules, folhas ou flores, suculentas precisam de pouca rega e solo bem drenado. Se estiverem plantadas em vaso, regue duas vezes por semana ou sempre que sentir que a terra está seca. Nunca deixe água no prato: elas não gostam de ficar com os “pés” molhados. Já as suculentas plantadas diretamente no chão requerem mais regas porque perdem muita água por evaporação direta do solo.

3. Não condene uma suculenta a morrer num terrário

Tirar uma muda de suculenta é uma das coisas mais fáceis do mundo: basta destacar uma folha e esperar que ela enraíze em contato com um pouco de terra úmida. É algo tão tentador que muita gente usa suculentas em terrários – aqueles jardins fechados em vidros. O problema é que um terrário fornece as condições de luz, umidade e temperatura ideais para plantas de floresta, não para as espécies de deserto. Terrários são escurinhos, úmidos e abafados, perfeitos para maranhas e calatéias, mas assassinos para cactos e suculentas. Se quiser fazer arranjos com essas espécies, use cachepôs e vasos completamente abertos e os mantenha em local fresco e ensolarado.