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Confira a 7ª Mostra de Paisagismo - Minha Casa Meu Jardim 2011


Valorização das árvores

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Os organizadores da Mostra deciram colocar a árvore como foco da edição 2011

   Influenciada pelo Ano Internacional das Florestas, declarado em 2011 pela ONU - Organização das Nações Unidas-, os organizadores da Mostra deciram colocar a árvore como foco da edição 2011. “Além de sua beleza e do seu valor paisagístico, trata-se de uma planta que oferece proteção contra ventos, produz oxigênio, neutraliza o gás carbônico, reduz a poluição atmosférica e sonora, absorve parte dos raios solares, fornece sombra e refresca o ambiente ao seu redor, além de abrigar e alimentar muitas espécies animais, inclusive a humana, com seus frutos, sementes ou folhas nutritivas”, explica Ana Rita, que complementa: “nos centros urbanos as árvores são, ainda, importantes por reter a água da chuva e deter a erosão do solo. Os últimos acidentes naturais são sintomas de como os interesses econômicos e a falta de planejamento e conhecimento sobre a natureza vêm agredindo o meio ambiente nos campos e nas cidades. O plantio adequado das árvores contribui para melhorar a nossa qualidade de vida”, salienta.

       Confira a nossa seleção de imagens e um breve descritivo de cada um dos 22 ambientes. E claro, não deixe de conferir pessoalmente a Mostra, você vai se supreender!

Parte I

Ambientes 1, 2 e 3

   Os três primeiros ambientes, nomeados como Encontro com a Natureza, Relax Total e Estar com a Natureza são assinados pelos arquitetos Mariana Luccisano e Henrique Barros, de São Paulo. A intenção deles foi provocar a reflexão de que em qualquer lugar é possível ter um pedacinho da natureza.

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Arquitetos Mariana Luccisano e Henrique Barros 

Ambiente 1 - Encontro com a Natureza

  A proposta é mostrar como o convívio das plantas com os seres humanos pode afagar a alma. Considerando que essa junção não precisa ser nociva para o meio ambiente, eles escolheram materiais sustentáveis e reciclados. O foco é a reutilização de materiais e objetos, como sobras de madeira, garrafas, caixotes de feira e tambores. “Partimos do princípio de que nada se cria, tudo se transforma”, explica Henrique.

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  Eles pensaram num ambiente totalmente integrado à natureza e criaram um bosque com três espaços nos quais as pessoas podem descansar e fugir um pouco do cotidiano, como uma espécie de oásis para piqueniques e descanso, com direito a contemplação das árvores.

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   Com muita criatividade a dupla utilizou materiais simples e recicláveis e transformou pallets em mesas e poltronas; garrafas, em vasos; caixotes de madeira em suportes para belos arranjos de flores. “Nossa intenção é que as pessoas percebam que o bem-estar é acessível a todos. Para isso, queremos passar boas idéias”, ressalta Mariana.

Ambiente 02 - Relax Total

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Local de contemplação e descanso, servindo de inspiração para uma casa, apartamento ou mesmo para as áreas comuns de condomínios. O deck patinado comporta duas confortáveis chaises, futons, almofadas e uma lareira portátil e ecológica por ser acesa com biofluido, criando, assim, um cantinho para tocar violão, ler um bom livro ou namorar.

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Ambiente 03 - Estar com a natureza

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   Dos três primeiros ambientes da entrada da Mostra de Paisagismo esse foi o escolhido para receber um pouco mais de ornamento. À direita, a mesa aparador comporta vasos com espécies de plantas variadas: buxinhos, dinheiro em penca, roseira em árvore, gloxínias, orquídea phalaenopsis e flores de corte enfeitam o espaço. ao lado, um oásis só com patas de elefante. Em frente, um pergolado feito em cruzetas e dormentes suporta tecidos leves cobrindo a lateral para oferecer bastante aconchego. Fechando o ambiente, os paisagistas fizeram brotar o pau-brasil em uma antiga caçamba.

Ambiente 4 - Bem brasileiro

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Arquitetos e urbanistas Cléia Daneluzzi, Orpheu Thomazini Daneluzzi e Rafaela Nunes Ferreira

Ambiente_4_-_Bem_brasileiro_6_434x640   O conceito é o de um jardim urbano que mescla materiais, como madeira, acrílico, fibras sintéticas e iluminação de Led em contraste com o rústico. Os arquitetos e urbanistas Cléia Moura da Silva Thomazini Daneluzzi, Orpheu Thomazini Daneluzzi e Rafaela Nunes Ferreira, de Mogi Guaçu, criaram, logo na entrada, um home teather cercado por jardins, com muitos seixos, vegetação e pedras. O ambiente ganhou um painel em mosaico de pastilha de cerâmica, no qual a artista plástica Adriana Carneiro homenageia o Ano da Holanda no Brasil, seguindo a proposta dos profissionais de usar as cores das bandeiras dos dois países nas plantas, na iluminação e nos objetos de decoração.

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Ambiente 5 - Jardim da Serenidade

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Engenheira agrônoma e paisagista Cintia Rua e a arquiteta Natalia Salcedo

   As flores brancas dominam o sereno espaço criado pela engenheira agrônoma e paisagista Cintia Rua e pela arquiteta Natalia Salcedo, de Vinhedo. A proposta foi tornar o jardim em um templo para relaxar, para estar em paz e para se reencontrar. O destaque é para oliveira, espécie de árvore que vive centenas de anos e poder estar presente por várias gerações. Os tsurus, pássaros de origami da cultura milenar oriental, flutuam pelo espaço com os significados de prosperidade, felicidade e vida longa. Na parede, arranjos florais com orquídeas brancas.

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Ambiente 6 – Jardim da Consciência

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Este ambiente foi criado por arquitetos, designer de exteriores, empresário e técnico agrícola

   Conscientizar as pessoas de que há possibilidade de reverter a ação destrutiva do homem em relação à natureza é a proposta da equipe formada pela arquiteta e urbanista Ana Lívia Bruno, pelo técnico agrícola Anderson Vitor de Campos, pelo designer de interiores Audrey Bruno, pelo engenheiro agrônomo e paisagista Paulo Roberto Morgon e pelo empresário Artur Alves, todos de Mogi Mirim. No ambiente criado por eles o contraste entre a devastação e a recuperação pode ser percebido pela presença de árvores nativas brasileiras.

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   Esse espaço consciente é ambientado com móveis feitos em pallets (sofá, poltrona, long chaise e mesa de centro) que seriam descartados e queimados pelas indústrias, mostrando como eles podem ser usados com criatividade de diversas maneiras. As luminárias são solares para permitir a economia de energia. Na parte árida o ambiente de estar foi criado sobre a areia. O destaque é a escultura do artista Reynaldo Pietro toda feita com sucatas de ferros, vidros e materiais de descarte. No topo da escultura, mudas de gabiroba e de figueira branca para lembrar que ainda é possível resgatar e preservar a natureza. O muro pintado por Alexandre Filiage também traz um alerta para o descaso com o meio ambiente.

 

Continuação...

Clique Aqui e confira a continuação da nossa cobertura especial da Mostra de Paisagismo (Parte II)